Autor: Alberto Grimm[1]
Atualizado: 01 de Agosto de 2024
De acordo com um estudo recente feito pela Samsung Electronics, uma corporação gigante no ramo dos produtos eletrônicos, os hábitos irritantes de colegas dominam uma lista das coisas que mais chateiam os trabalhadores que convivem em escritórios coletivos. Em segundo lugar estão os problemas relacionados aos computadores.
Mas a pesquisa também pontuou alguns desses hábitos que provocam irritação e indisposição entre os membros da equipe. Como, por exemplo, colegas que falam alto, toques inconvenientes no celular e consumo de alimentos com cheiro forte dentro do ambiente de trabalho, especialmente em locais fechados.
É improvável que você se dê bem com todos os seus colegas, mas existem hábitos simples que poderão ser adotados de modo a assegurar que você não venha a se tornar uma dessas fontes de indisposições dentro daquele ambiente.
Decidir como abordar a questão se resume a uma simples pergunta: Este tipo de comportamento, de fato, afeta seu desempenho no trabalho? Muitos dos hábitos relacionados abaixo costumam afetar o rendimento e desenvolvimento das tarefas, por isso, não se acanhe e converse com seu colega de uma maneira amigável. Pergunte se ele ou ela é capaz de parar, mudar esse gesto ou ação incômoda específica.
E como se falar alto não fosse o bastante, o seu colega coloca o telefone no alto-falante e começa a digitar os números, de modo que todos os demais dentro do escritório ouçam o sinal sonoro durante o processo de discagem.
Para piorar ainda mais, eles ainda passam toda a ligação no viva-voz, e desse ponto em diante, aquela praga que alguém te rogou mais cedo após receber uma fechada sua no trânsito, parece que agora está surtindo efeito.
E o pior de tudo é que, quanto mais se rejeita esse tipo de "música chiclete", mais ela teima em se instalar dentro da sua cabeça, e ficará lá dentro reverberando numa espécie de loop infinito, à revelia da sua vontade. E nem adianta tentar, pois qualquer tentativa de resistência será em vão. É como se nesse momento ocorresse uma falha nas engrenagens do seu cérebro. Ele parece "entender" que você deseja ouvir e repetir mentalmente, ao invés de ignorar o dito cujo.
Como se não bastasse, ele ainda, talvez tomado por um sentimento de limpeza que não faz parte de seus hábitos, joga fora os restos na lixeira que fica sob a mesa, deixando o escritório com aquele cheiro de chiqueiro, local onde ele provavelmente se sentiria em casa. Pior de tudo é que aquele tipo de odor, muitas vezes, nem a faxina resolve. E aquele "aroma" ali permanecerá, com um pouco de sorte, só até o fim do expediente.
Outra característica peculiar dos devedores, e esta deve ser levada mais a sério, é a grande dificuldade em saldar suas dívidas com os credores. E não raramente, os credores passam a ser evitados, e algumas vezes serão eleitos como inimigos desses mesmo inconvenientes devedores.
Alguns, de tão habituados a fazer empréstimos, guardam o seu para gastar o dos outros, desprezando completamente as necessidades alheias. É bom ficar atento uma vez que, por se tratar de um assunto sério, algumas empresas estão de olho nos adeptos dessa prática, e tão logo comprovem o fato, os despacharão para o limbo sem muita conversa.
Você é um deles? Talvez deva considerar o fato de parar de fumar, antes que parem você.
E como das outras vezes, algum evento extraordinário se interpôs entre sua obrigação de ser pontual e o fato de não ter chegado na hora.
Pode ter sido um simples, mas nunca dantes visto, engarrafamento; ou a condução que enguiçou. Mas também pode ser um caso com sua avó, que pela enésima vez naquele mês, adoeceu e precisou ser socorrida às pressas, mesmo sendo do conhecimento público o fato de que ela mora a centenas de quilômetros de distância da casa daquele canastrão.
Parecem apreciar quando se apercebem que você, como uma figura patética e desorientada, vagueia a esmo, de mesa em mesa, em busca do seu tesouro perdido. Também não é raro que, alheios a tudo isso, ignorem sua aflição.
E por isso mesmo, Você sabe exatamente o que eles estão ouvindo, e ainda é obrigado a conviver com aquele "gosto musical" discutível. E como se não bastasse o som que emana dos fones de ouvido, há ainda o acompanhamento do colega percussionista, que insiste em tamborilar com as canetas no ritmo da batida da música, isso quando não fazem a dublagem com sua maviosa e prodigiosa voz.
Nessas horas, mais uma vez, o melhor a fazer é levantar e ir dar uma voltinha, tomar uma água, lavar o rosto, e tudo isso para não dar vazão ao seu instinto primário, que implora para que você pegue aquele aparelhinho e o arremesse com toda força contra a parede mais próxima.
O pior de tudo é que nunca se colocam na posição de alguém capaz de contaminar os outros com sua colônia de micro-organismos e germes bizarros que estão ávidos por encontrar novos hospedeiros. E completamente alheios ao bom senso, aqueles colegas, silenciosamente, parecem dizer a todos: "Excreções dos outros são nocivas, entretanto, as minhas, definitivamente, por um capricho da natureza, são assépticas, limpas; aliás, nem deveriam se chamar "excreções..."
Na verdade, apesar do fato notório de que todos estão ali com a intenção de prestar serviços ao seu empregador, a fofoca parece ser uma parte integrante de todas as repartições ou escritórios, ambientes coletivos onde pessoas ou grupos estão reunidos. E alguns até são procurados pelos demais como fonte “confiáveis” de informações, uma vez que com o tempo, se tornam "respeitadas", verdadeiras autoridades no assunto.
Se você é algum daqueles que gostam de fofocar ou futricar sobre a vida pessoal dos seus colegas de trabalho, a melhor atitude é ignorar as fraquezas destes personagens e manter alguns segredos apenas para si mesmo. E sempre lembrando de que, você próprio não está fora do alcance daquelas dezenas de línguas e ouvidos que passam as horas percorrendo os corredores da empresa, em busca de novos e "quentes" assuntos para preencher o tédio e "animar o dia".
Quem fala pouco dificilmente irá se meter nas confusões e embaraços normalmente provocados pelas fofocas de sua fiel e obcecada legião de adeptos.
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Alberto Grimm - albertogrimm@gmail.com
Publicitário e Escritor. Especialista em Psicologia do Trabalho e Relações Humanas. É também pesquisador e consultor em Recursos Humanos, Práticas Motivacionais, Educação Integral e Consciencial.
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