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Autor: Alberto Grimm[1]
Conteúdo Revisado e Ampliado: 16 de Janeiro de 2023
Candidatos a emprego dão um tiro no próprio pé quando enviam seus Currículos recheados com todo tipo de informações. São adeptos do mito de que Currículo recheado, volumoso, o tipo enciclopédia, sempre causa boa impressão.
E isso quer dizer, muitas páginas, longos textos que retratam toda vida pessoal do pretendente à vaga; letras pequenas para caber tudo, e tudo isso com apenas uma intenção: chamar a atenção do empregador.
Mas o Efeito é exatamente o contrário. Empregadores não têm tempo nem paciência para navegar através de longos e cansativos textos. Textos longos impacientam e o pior, demonstra que o candidato está inseguro dos seus próprios atributos ou qualidades. Além disso, é bom lembrar de uma coisa: existem dezenas de Currículos sobre a mesa do recrutador na fila de espera.
A mesma regra vale para as Falsas Informações, qualificações e referências inventadas para impressionar. E impressionam, mas de maneira negativa.
Por isso, se preocupe apenas em informar o básico, os itens que de fato interessam para sua avaliação. Se fizer apenas isso terá feito uma excelente primeira apresentação.
A menos que a vaga exija claramente uma foto sua – e atualmente bem poucos empregadores exigem isso, nem sei se um dia exigiram – , não inclua esse item, que na maioria das vezes é ali colocado apenas para enfeitar. O motivo é simples: para o seu potencial empregador, sua aparência é irrelevante.
O candidato que está seguro de si não precisa mostrar o rosto antes da hora, e é isso que também acham a maioria dos recrutadores.
Em geral, se o desejar, você até poderá fazer alguma discreta referência, dentre outros interesses, comentando sobre passatempos e seu lado profissional, mas isso deverá ficar restrito à sua carta formal de apresentação.
Melhor ainda, guarde esse tipo de informação para quando, durante a entrevista, caso seja questionado sobre o que gosta de fazer fora do ambiente de trabalho ou durante seus momentos de folga.
Embora a maioria dos corretores ortográficos eletrônicos seja capaz de corrigir boa parte desses erros, alguns importantes poderão passar despercebidos, sem contar os erros gramaticais que esse tipo de recurso não é capaz de averiguar.
Assim, na medida do possível, faça com que tais erros fiquem de fora. Por isso a tradicional varredura visual ainda é a prática mais inteligente. Vários pares de olhos deverão dar uma olhada no CV antes de ser enviado em definitivo. Lembre-se, uma oportunidade única pode estar sendo desprezada em nome da pressa. Assim, perca um pouco mais de tempo e ganhe um tanto mais de qualidade.
Sem contar que, para o empregador, é uma violação à lei de discriminação exigir e usar quaisquer desses quesitos como critério para contratação, embora alguns silenciosamente o façam, a despeito da legislação.
Inclua no seu CV apenas as informações pertinentes ao cargo e você estará no caminho certo.
Para quem tem diante de si dezenas de Currículos para examinar, perda de tempo é um luxo do qual ele não pode dispor.
Além disso, experiência pulverizada demais não é vista como qualificação, sem contar que ao contrário de acrescentar como equivocadamente pensam alguns, vai tirar pontos do candidato.
O empregador quer ver logo na primeira varredura que fará com os olhos, dentre as dezenas de linhas impressas, se você é ou não um candidato qualificado ao cargo, e seu CV só passará a um exame mais cauteloso se esse primeiro quesito for atendido.
Assim, dê maior destaque aos detalhes que são requisitos à vaga pretendida; deixe de fora todo resto.
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