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Autor: Anne B. Talber[1]
Conteúdo Revisado e Ampliado: 16 de Janeiro de 2023
Ao contrário do que muita gente pensa o processo digestivo não ocorre apenas no estômago. O estômago é apenas o começo do segundo estágio de um trabalho que começa pela boca. Depois do estômago ainda há um longo caminho pela frente, até que todas as etapas estejam concluídas.
Na composição dos vegetais encontram-se diversos fitoquímicos e enzimas que melhoram a absorção dos nutrientes. Já no estômago, eles são transformados em uma pasta e depois transferidos para os intestinos onde irão concluir as demais etapas da digestão. Nos vegetais, mas apenas nas variedades Orgânicas, também encontramos diversas Bactérias Probióticas que além de potencializarem a digestão reforçam a flora intestinal protegendo o organismo contra doenças e agentes infecciosos oportunistas.
No entanto, quando consumimos as carnes de aves, mamíferos ou peixes, no estômago elas apenas são amaciadas e depois são encaminhadas para os intestinos onde irão se decompor para finalizar os demais estágios de sua digestão. Isso mesmo, já as carnes são digeridas por meio de um lento processo de decomposição das fibras animais, exigindo um grande esforço da flora intestinal e liberando grande quantidade de toxinas e substâncias putrefatas nocivas ao organismo. São substâncias que acabam por sobrecarregar e agredir os sensíveis coletoras de nutrientes dos intestinos delgado e grosso.
O processo digestivo completo, mesmo através da alimentação saudável, poderá variar de acordo com o metabolismo – que é o modo como os alimentos são processados e digeridos – de cada indivíduo, e como consequência natural dessa reação química que ocorre internamente, alguns fenômenos poderão ser observados.
Assim, poderão surgir Sintomas como gases, eructações (arrotos), diarréia, constipação, sensibilidades a alimentos, indigestão, má absorção, síndrome do Intestino ou Cólon irritável, e uma ampla lista de pequenos inconvenientes que complementam esse repertório de efeitos próprios do processo metabólico.
E mesmo que alguns sejam de natureza transitória e de repercussão inócua, outros são acumulativos e poderão provocar grandes estragos com a sua continuidade. A constipação, por exemplo, é um desses casos que poderão evoluir para problemas mais sérios, e tudo começa com a qualidade da digestão. Imagine um intestino preguiçoso, carente de uma evacuação regular, com quilos de matéria fecal velha e tóxica armazenadas por dias nas sensíveis paredes e dobras entéricas.
Cria-se ali o ambiente perfeito para a proliferação de bactérias nocivas capazes de causar incontáveis doenças, provocando ainda baixa na imunidade, incremento dos radicais livres na corrente sanguínea, problemas de pele, má absorção dos nutrientes dos alimentos, irritabilidade e perda de concentração, lesões que poderão se transformar em pólipos ou outras patologias mais graves, sem contar o considerável acervo de outros inconvenientes.
Hoje já se sabe que alimentos industrializados são os principais inimigos da boa digestão. Isso inclui o leite pasteurizado e UHT, sucos de caixinha e produtos adoçados com ingredientes artificiais, ou aqueles fabricados com variedades vegetais transgênicas. E há também os pães e biscoitos feitos com farinha de trigo branca, bolos, tortas, etc. Nessa mesma família de indigestos estão os refrigerantes e bebidas gaseificadas, alcoólicas e energéticas. Sem contar que a tudo isso se agregam os compostos químicos, realçadores de sabor, conservantes, corantes, antissépticos, bactericidas e fungicidas, e assim por diante.
Por isso é tão importante conhecer aquilo que comemos, assim como aprender técnicas que sejam capazes de melhorar a qualidade de nossa digestão.
A seguir relacionamos 12 dicas, que de acordo com os nutrólogos e demais especialistas em nutrição, poderão servir de roteiro para melhorar sua digestão e corrigir a absorção dos nutrientes dos alimentos. Poderão ainda ajudá-lo a livrar-se dos inconvenientes hóspedes mencionados anteriormente. Mas, lembre-se de consultar o seu clínico ou médico Nutrólogo antes de pensar em fazer mudanças por conta própria em seu regime alimentar regular.
Consuma fibra solúvel e insolúvel, uma vez que ambas desempenham diferentes e importantes papéis em nosso sistema digestivo. A fibra insolúvel é aquela que não pode ser digerida pelo corpo e, portanto, vai ajudar na formação e qualidade do bolo fecal. A fração solúvel das fibras também traz benefícios à saúde, uma vez que retardam o esvaziamento gástrico e o tempo do trânsito intestinal diminuindo assim a absorção de glicose e do mau colesterol.
Boas fontes de fibra insolúvel incluem Farelo de trigo, frutas e cereais integrais; para obter a fibra solúvel prefira o Farelo de Aveia, nozes, sementes e legumes.
Editoria de Saúde e Educação do Site Mundo Simples.
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