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Autor: Alberto Grimm[1]
Conteúdo Revisado e Ampliado: 16 de Janeiro de 2023
E mesmo entre os empregadores, que no papel de seus próprios chefes não deveriam correr risco de uma demissão sumária, sob a pressão das incertezas econômicas, de repente, acabarão por vislumbrar um horizonte bastante turvo.
E há motivos de sobra para que se preocupem, a exemplo das reestruturações de suas empresas, da redução da capacidade produtiva, diminuição nas vendas, etc.
E há também o descontentamento pessoal com os motivos existenciais, problemas íntimos que muitas vezes não temos com quem compartilhar, quando a indivíduo se vê encurralado com aquela sensação de opressão, ou sentindo-se em um cativeiro, sem contar que não é capaz de vislumbrar uma perspectiva de ascensão profissional a curto ou médio prazo dentro daquele corporação. Outras vezes poderá sentir-se injustiçado no ambiente de trabalho, ou perseguido, ou simplesmente desprezado.
Fontes de stress dessa natureza acabam servindo de combustível para manifestação de ansiedade, depressão, e tantas outras psicopatologias que têm no ambiente de trabalho sua fonte de origem. Pesquisas recentes mostram que tais fatores podem elevar em até 50% o risco de doenças cardiovasculares em seus infelizes hospedeiros.
Relatórios dos Institutos de Saúde pública e privada das nações mais desenvolvidas cujos governos acompanham de perto a saúde dos seus trabalhadores, mostram um crescente aumento nas doenças causadas por stress no ambiente de trabalho, como, por exemplo, a Ansiedade e a Depressão.
E a cada ano, isso tem um custo elevadíssimo, na casa dos bilhões de dólares, tanto para os governos quanto para a iniciativa privada. Por exemplo, no Reino Unido (Inglaterra), esse montante chega perto de 28.3 bilhões de Libras Esterlinas.
A síndrome de Burnout (do inglês To Burn Out, queimar por completo), também chamada de Síndrome do Esgotamento Profissional, foi assim denominada pelo psicanalista nova-iorquino, Freudenberger, após constatá-la em si mesmo, no início dos anos 70.
Alguns sintomas comuns são: Irritabilidade, aversão ao trabalho, fadiga crônica, perda ou ganho de peso, insônia e depressão, sensação de desamparo, paranóia, desconfiança, entre outros.
Quando você frequentemente padece de grande stress no trabalho, os riscos de que poderá sofrer da Síndrome de Burnout são elevados.
Como a informação e o esclarecimento ainda é a melhor profilaxia, a seguir você confere alguns sintomas que deverão ser considerados e avaliados para um eventual diagnóstico, caso desconfie que possa estar vulnerável a essa psicopatologia. Lembre-se, olhos abertos ou arregalados, quer dizer, atentos, apenas melhoram a qualidade de nossa visão a respeito de qualquer coisa.
Se você acha que está se tornando mal-humorado e facilmente irritável por motivos banais, este pode ser um sinal de alerta. Também, se você está se envolvendo em discussões com colegas e costuma levar isso adiante, isso pode ser mais do que uma simples e eventual divergência motivada por assuntos internos.
Lembre-se, às vezes, depois de levarmos uma fechada no trânsito, impossibilitados de dar o troco ao condutor que ainda foi embora nos xingando convicto de que estava com a razão, pode ser que nosso instinto animal mostre suas garras no local de trabalho. Entretanto, quando isso passa a ocorrer todos os dias e sem motivos visíveis... Sei não, é bom ficar de olhos abertos.
E, um dia após o outro, o sentimento é o mesmo. Mais parece que você ao entrar na repartição está subindo ao cadafalso para se apresentar ao seu suposto executor, ou ainda se dirigindo ao departamento de sentenças, onde um juiz implacável o aguarda para sentenciar que você será obrigado a trabalhar sem remuneração também nos finais de semana.
Antes e depois do almoço, ou mesmo nos intervalos para um cafezinho, gole de água ou ida ao sanitário, que agora são muitos, lá está aquela assediadora sensação de que você está no lugar errado e na hora errada. Por isso, começa a priorizar o andamento dos ponteiros do relógio, contando os minutos para se afastar daquele ambiente, a exemplo de um mosquito que acabou de entrar por engano num ambiente dedetizado.
Seus novos desafios e planos para o futuro? Cair fora dali, na verdade livrar-se de qualquer ocupação; talvez ganhar de presente um emprego cuja única obrigação fosse apenas ligar todos os dias de casa, sem sair da cama, e dizer: "Estou vivo, ponto!"
Aqueles que sofrem de Burnout perdem por completo a motivação para o trabalho, assim como o sentimento de orgulho e satisfação por ver uma tarefa que lhe foi delegada bem feita, ou simplesmente feita.
Passou a evitar seus colegas de trabalho dentro ou fora do ambiente corporativo, com a mesma determinação que teria um encrencado devedor diante da presença do seu credor, e o mais importante, não tem o menor interesse em justificar ou explicar nada para ninguém.
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